















viviane dos santos barbosa biografia
"Mas, Lucy", exclamou o Capitão Acton, "o que o Sr. Eagle estava fazendo? Ele não sabia que você era prisioneira do Sr. Lawrence, embora talvez não conseguisse adivinhar que a intenção do Sr. Lawrence era levar o navio até o Rio para vendê-lo lá? Ele não fez nenhum esforço para resgatá-la apelando ao Capitão, ou mobilizando a tripulação a ponto de determiná-la a levar o navio de volta à Cidade do Porto Velho?" Lucy ficou um tanto intrigada com o Sr. Lawrence. Seu comportamento era frio, cavalheiro, distante, cauteloso, inteiramente sóbrio, e, na maior parte do tempo, ele se expressava com alto grau de inteligência. Ela não conseguia deixar de se lembrar de que, pela manhã, quando, com certeza, se poderia dizer que ele estava "dominado pelo vinho e pela insolência", ele, com uma paixão que certamente não emprestou nada do calor da bebida, colheu uma margarida e pediu que ela a levasse aos seus doces lábios e a devolvesse, e então escondeu a pequena flor no bolso como o único tesouro sagrado que possuía. Naquela noite, sua postura era, no geral, tão formal e contida como se ela fosse apenas uma conhecida em cuja companhia ele pudesse sentar-se sem se deixar dominar por seus encantos. A paixão da manhã foi genuína e sincera, com ou sem bebida; o comportamento daquela noite foi calculado e extraordinário. Talvez, à delicada luz das velas, ela não conseguisse captar cada expressão dos olhos, cada movimento da boca, cada sombra de mudança na expressão de todo o rosto, de modo que ela imaginaria, com razão, ter perdido, devido à iluminação defeituosa, o olhar apaixonado, o rápido desenho em êxtase dos traços que sua intuição de donzela lhe dava, eloquente e convincentemente, para saber que deviam ser a homenagem secreta de seu coração, por mais que ele mascarasse seu rosto bonito e cansado como quisesse.